cabeçalho_bienal_1

about me

Josué de Castro

In memoriam

“Fome e guerra não obedecem a qualquer lei natural, são criações humanas”. Josué de Castro

Além de sua formação em medicina, também foi livre-docente em Fisiologia (Faculdade de Medicina do Recife), professor catedrático de Geografia Humana (Faculdade de Ciências Sociais do Recife e na Universidade do Brasil) e de Antropologia (Universidade do Distrito Federal). Foi também embaixador do Brasil na ONU, em Genebra, além de ter sido eleito Deputado Federal pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) em 1954 e em 1958. Como resultado da implantação do regime militar, mesmo tendo sido eleito o Deputado com maior número de votos no Nordeste, Josué de Castro teve seus direitos políticos cassados pelo Ato Institucional n°1 em 1964.

Além de sua formação em medicina, também foi livre-docente em Fisiologia (Faculdade de Medicina do Recife), professor catedrático de Geografia Humana (Faculdade de Ciências Sociais do Recife e na Universidade do Brasil) e de Antropologia (Universidade do Distrito Federal). Foi também embaixador do Brasil na ONU, em Genebra, além de ter sido eleito Deputado Federal pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) em 1954 e em 1958. Como resultado da implantação do regime militar, mesmo tendo sido eleito o Deputado com maior número de votos no Nordeste, Josué de Castro teve seus direitos políticos cassados pelo Ato Institucional n°1 em 1964.

Castro caracterizou seu pensamento por romper com algumas falsas convicções que imperavam em seu período (e que ainda se fazem presentes atualmente), de que a fome e a miséria do mundo eram resultantes do excesso populacional e da escassez de recursos naturais. Em suas obras, provou que a questão da fome não se tratava do quantitativo de alimentos ou do número de habitantes, mas sim da má distribuição das riquezas, concentradas cada vez mais nas mãos de menos pessoas. Por isso, acreditava que a problemática da fome não seria resolvida com a ampliação da produção de alimentos, mas com a distribuição não só dos recursos, como também da terra para os trabalhadores nela produzirem, tornando-se um ferrenho defensor da reforma agrária.

Segundo o pensamento de Josué de Castro, a fome não é natural nem inevitável, mas a solução para o problema passa por mudanças profundas nos paradigmas econômicos, políticos e sociais atuais e no combate às desigualdades que perpetuam a fome.

Como uma potência agropecuária mantém 33 milhões de pessoas convivendo com o fantasma da insegurança alimentar enquanto exporta toneladas e mais toneladas de grãos e carnes todos os anos? Que ações inclusivas estão ao alcance da nossa geração para assegurarmos o pleno direito humano à uma alimentação adequada?

Debater Josué de Castro permanece mais necessário do que nunca. E é justamente esse debate que a XIV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco se propõe a fazer.

“No mangue, tudo é, foi ou será caranguejo, inclusive o homem e a lama”.

Josué de Castro

who we are

company history

“Ô Josué, eu nunca vi tamanha desgraça“

Chico Science

“Ô Josué, eu nunca vi tamanha desgraça“

Milton Santos

“Josué tentava ver, a partir do presente, o que se projeta no futuro”

Darcy Ribeiro, antropólogo

“Não é necessária tanta fome“

Lula, presidente do Brasil

“Eu tenho muito a ver com a geografia da fome”